História do Solar

A nossa solar remonta ao início da segunda metade do século XVIII, e esteve na mesma linhagem familiar até ser recentemente adquirido pela empresa que agora se dedica a mante-lo ativo e aberto ao público.

Permita que os sentidos o deixem levar pelo ambiente, pelo ranger da madeira secular, pelos sons ocos dos tetos altos, pelos aromas da antiguidade, pelas texturas talhadas e cravadas por artesãos da época,  e entre na própria história deste nosso Solar de Vilar Seco.

Ao entrar pelos nossos portões será recebido por um pátio com um lago e árvores centenárias, criando uma atmosfera encantadora.

Pela história familiar e documentada sabe-se que pertenceu a Joaquim de Melo e Lima Ponces de Carvalho, primeiro Conde de Vilar Seco, e sua mulher, a Condessa de Anadia, Dona Ana Juliana, Foi feito 1.º Conde de Vilar Seco por Decreto de D. Carlos I de Portugal de 4 de Dezembro de 1890. Usou por Armas um escudo esquartelado, no 1.° do Carvalhal, no 2.° e no 3.° Ponces (de Pons Senhores do Castelo e da Baronia de Ribelles) e no 4.° Rodrigues de Espanha (Rodríguez de las Varillas) com timbre de do Carvalhal e coroa de Conde. Armas estas que encimam a fachada do Solar. Interessante mencionar que temos na parte interna da fachada, um diferente Brasão, pertencente a outro ramo da mesma família, que por acontecimento dum fogo, foi trazido e honrosamente cravado neste edifício.

Foi no século XIX que os condes promoveram significativas obras de restauro e ampliação. Essas intervenções conferiram ao solar uma dimensão mais palaciana, típica do gosto da segunda metade do século XIX.

 Destacam-se os dois salões com proeminentes lareiras e a casa de jantar com estuques em relevo, a cada passagem portas lacadas a branco-marfim, algumas com detalhes singulares. O Conde de Vilar Seco aplicou o mesmo estilo no seu palacete da Rua Silva Carvalho em Lisboa, hoje conhecido como “Casa Veva de Lima”.

O solar também possui uma vasta área exterior de lazer, composta por jardins franceses, dois pátios, horta, pomar e uma floresta de salgueiros. O pátio nascente é adornado com frondoso arvoredo, dois portões de acesso e um lago central em granito com formato de quatro cadernas e uma taça redonda no centro. No pátio poente encontram-se as antigas adegas do solar, ainda preservando os lagares e toneis do século XIX, onde se produzia um dos mais prestigiados vinhos do Dão. Atualmente, o solar não é mais propriedade da Família Ponces de Serpa, tendo sido adquirido por uma empresa que, apesar de não ter laços familiares, é profundamente apaixonada por este lugar e dedica-se a preservá-lo. O solar funciona como uma unidade de Turismo de Habitação, oferecendo aos seus visitantes uma experiência única de imersão na história e na cultura da região.

“Apresenta uma arquitetura residencial que combina elementos tardo-barrocos e neoclássicos. De planta retangular, a fachada principal de dois pisos é marcada por cunhais apilastrados, um embasamento em cantaria de granito e um friso com cornija e beiral. O centro da fachada é alteado em perfil curvo e rasgado por um portal com moldura rematada em frontão de lanços e um óculo encimado por uma pedra de armas familiar. As janelas de peitoril no primeiro piso possuem grades em ferro forjado em forma de papo de rola, enquanto as janelas de sacada no segundo piso são decoradas com guardas em ferro forjado. O interior do solar é igualmente impressionante, com tetos decorados em estuque neoclássico, revelando um trabalho delicado e de pouco relevo. A planta retangular desenvolve-se horizontalmente, com cobertura homogênea em telhado de quatro águas, revestido com telha de canudo. O corredor de distribuição e o salão apresentam um trabalho decorativo em estuque nos tetos, reforçando a elegância e o charme deste edifício histórico”
in monumentos.pt

Aqui viveram fidalgos, que recebiam amigos de todo o país em baquetes ou jogatanas. Mas também abriam as portas à comunidade, onde as festividades de Vilar Seco tomavam corpo e onde juntavam as pessoas da terra, muitos deles trabalhadores desta quinta e do solar.

Agora é uma casa senhorial beirã, que o pretende acolher com familiaridade e autenticidade, numa experiência tranquila com o apoio de quem trabalha nesta casa para lhe proporcionar memórias inesquecíveis.

Permita que os sentidos o deixem levar pelo ambiente, pelo ranger da madeira secular, pelos sons ocos dos tetos altos, pelos aromas da antiguidade, pelas texturas talhadas e cravadas por artesãos da época,  e entre na própria história deste nosso Solar de Vilar Seco.

Ao entrar pelos nossos portões será recebido por um pátio com um lago e árvores centenárias, criando uma atmosfera encantadora.